Por admiração...

Vão aqui dois poemas escritos pelo Profº Nílson José Machado que estão em seu livro Plantares.

Ângulo

Um ângulo
É um encontro
Ou, de outro ângulo,
Um desencontro.



Reta

Inflexível
A linha reta
Faz bem ao caráter
Faz mal ao poeta.

Lidamos melhor com a nossa má consciência...

Inspirada pelo velho Nietzsche, estou encafifada com as questões de reputação.
Outro dia ouvi uma pessoa dizer que não dá a mínima para o que os outros pensam dela. Mentira.
Todo mundo se importa com a opinião de outrem.E ainda bem.
É, no mínimo, sempre bom saber o que acham da gente, só pra ver se os nossos objetivos foram alcançados.
Mas isso é pra quem pode, e não pra quem quer, já diz o velho ditado.
Por que pode ser bem complicado não deixar que as opiniões dos outros interfiram na sua essência e arrebentem de uma vez com a sua "má consciência".
E nessas eu me peguei reparando que todo mundo sempre quer saber mais sobre a gente, de longe ou de perto, pra poder sempre dar uma opinião, avaliar, achar certo ou errado o que a gente faz, como faz, com quem faz, porque faz etc, etc.
Mas por outro lado, se querem sempre saber da gente é porque os nossos objetivos foram alcançados.
Só que cada um com o seu objetivo, deixemos isso bem claro!
E tenho dito - se é que estava faltando.

De volta às origens

Já pararam pra pensar no quadro de Rembrant: A volta do filho pródigo?
Será que ele queria voltar? E mais do que isso, será que ele queria voltar pedindo misericórdia?
Duvido.
Por que quando se é pródigo (e leia-se esse adjetivo num sentido mais metafórico), a certeza é tanta, de que os "excessos" e "extravagâncias" não são nada nocivos, que realmente me pergunto se quem um dia foi pródigo, vai querer voltar às suas origens, pedindo arrego.
Por outro lado, um pródigo pode auto-avaliar sua conduta e rever alguns comportamentos, e resolver se livrar de alguns "fantasmas" que o assombram.
E isso é absolutamente normal e aceitável, a se julgar que pra ser pródigo, não basta ter boa vontade. Tem que ter coragem.

De: Mim Para: Mim

Às vésperas das comemorações de aniversário me pego com pensamentos misturados, inespecíficos e, no geral, muito ácidos.
É como se eu estivesse prestes a completar uma troca de pele, tão significante, que mais parece a primeira delas.
Como é possível em tão pouco tempo (menos de um ano) se ver livre de tantas coisas, com uma vida tão (solidamente) nova.
Ultrapassa completamente os limites do medo. O assombro atinge os patamares de contemplação.
A sensação é de incerteza quanto ao futuro, mas uma incerteza certa de que é esse o caminho. Posso até não saber o que esperar desse futuro, mas sei exatamente o que NÃO quero dele!

FELIZ ANIVERSÁRIO PARA MIM!