Tapa na cara ou da vontade de virar gente.
Faz pouco tempo que resolvi revisitar este espaço.
Parece que nem dei bola para o fato de que fiquei quase sete anos sem escrever aqui e, como se tivesse feito anteontem a última postagem, voltei a falar sozinha, aqui, com os meus demônios que, aliás, cresceram tanto quanto eu neste período.
A questão é que, bola dada ou não para o fato, este lugar parece-me ideal - e, porque não, confortável? - para organizar minhas ideias e desabafar comigo mesma.
Evidentemente, não duvido disso: de que eu seja a única leitora e interlocutora deste espaço.
(Dados não oficiais, coletados recentemente por mim, apontam que blogs estão fora de moda!)
Voltando ao assunto, o que me leva a expor hoje meia dúzia de palavras e pensamentos, é o fato de que, percebi que nas minhas fases críticas de cansaço, descrença no ser humano, pouca paciência com os melindres de uns e outros e, principalmente, preguiça de procurar resolver pendengas que poderiam ser tratadas com mais diálogo e até um pouco de política, sempre revisito as ideias do Sr. Nietzsche.
Numa dessas revisitadas, deparo-me com o seguinte trecho, extraído de ECCE HOMO - Como se chega a ser o que se é:
"Quanta é a verdade que um espírito suporta, quanta é a verdade a que ele se aventura? - Eis o que sempre foi para mim o genuíno critério dos valores. (...) Toda a realização, todo o passo em frente no conhecimento resulta da coragem, da dureza contra si mesmo, da integridade para consigo..."
Preciso dizer mais o que?
É tão elucidativo quanto engraçado perceber que, mesmo tendo crescido e aprendido muito nestes sete anos, minhas crenças e valores não mudaram.
É o velho Bigode, sempre atendendo às minhas angústias, com prontidão e muita, muita presteza!
E lá vamos nós, demasiadamente humanos, buscar garantir nosso lugar ao sol.
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